Distribuir presentes é um hábito antigo, comum em diversas culturas, e serve a propósitos que vão desde demonstrar amor e carinho até fortalecer laços e firmar alianças. Independente do motivo, pessoas mais em evidência sempre acabam sujeitas a receber mais presentes.
Trazendo para nossos tempos, é comum que, dada a exposição, os comunicadores acabem se beneficiando desses agrados ofertados aos “ídolos” (algo já mencionado em algum outro texto por aqui). E neste meu tempo de rádio, já presenciei os mais diferentes tipos de entregas…
Comidas são os mimos mais comuns. Alguém sempre entrega uma cuca para o café da tarde dos locutores, um bolinho no dia do aniversário, um jantar em algum restaurante chique ou algum outro item comestível. E não só os ouvintes, até empresas vez ou outra entram nessa.
Existem aqueles que fornecem algum bem mais material ou serviço. Não sei precisar quantas vezes vi locutoras da casa ganhando roupas novas, fazendo as unhas, cabelo, ou algum procedimento estético na conta de algum “benfeitor” (estes geralmente estão mais atrelados a alguma postagem e marcação direta no insta agradecendo).
Também existem aqueles mais criativos, que entregam alguma camisa personalizada, uma caricatura… A Marcinha Netto, da JP Joinville, de tanto postar fotos com uma xícara de café começando o dia, recebeu de um ouvinte uma caneca personalizada, com seu nome, alguns desenhos que lembram música e rádio e vários de seus bordões impressos.
Os que eu mais achava interessantes eram os entregues aos locutores das antigas, da rádio AM, por seus ouvintes. Sempre tinha alguém trazendo uma sacola cheia de alguma fruta, um cacho de banana, mel… Mas o mais inusitado que presenciei foi entregue ao Aymoré do Rosário. Lembro de chegar um dia na emissora e encontrar no hall de entrada uma caixa grande que exalava um cheiro incomum para o ambiente, o que obviamente levantou a dúvida: que raios é isso?
Sem saber se ria ou chorava, a recepcionista respondeu que era um presente de um ouvinte para o Zeguedé, UM GALO VIVO! Ele ficou ali quase metade do expediente, até que o comunicador terminasse o programa e fosse pra casa. O fim dado ao bicho é desconhecido, mas a história já faz parte do acervo da rádio Cultura de Joinville.
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