Há pouco mais de 10 anos, quando o podcast começou a se popularizar no país, o jeito mais fácil de explicar para um leigo o que é exatamente um podcast era: “é como um programa de rádio, só que na internet”. Trazendo uma definição mais técnica: podcast é uma série episódica de arquivos de mídia que podem ser baixados. O termo surgiu nos EUA, em 2004, da junção das palavras iPod (player de MP3 mais popular da época) e broadcast (transmissão de rádio ou TV).
De lá pra cá a chamada “podosfera” cresceu não só em número mas em variedade de podcasts diários, semanais, mensais ou sem qualquer regularidade. O formato também se popularizou bastante porque, antes do streaming se popularizar, nem todo mundo tinha fácil acesso às altas velocidades da internet banda-larga. Por isso, baixar um podcast para ouvir nos celulares e MP3 players era muito mais fácil. Prática que perde cada vez mais espaço já que hoje em dia é muito mais fácil simplesmente “dar um play”.
Com possibilidades infinitas de temas, os podcasts podem ser educativos, informativos, humorísticos ou de qualquer tipo. E quanto à duração? Desde bate-papos rápidos de cinco, dez, quinze minutos até profundas discussões de duas, três, quatro horas.
Como dá para perceber, um podcast não é limitado por definições de frequência, duração ou temática. Muita gente encara ele como um blog, que também não precisa se prender a nenhuma destas categorias. Mas isso não significa que estes aspectos não vão afetar o produto final. Se você lança um podcast a cada dois meses fica bem fácil de ser esquecido na imensidão da rede. E se o tema é chato, a edição não é boa ou a conversa não anda é bem possível que os ouvintes desistam na metade.
No caso de quem já possui uma rádio, contudo, o contexto muda. Há quem erroneamente pense que uma mídia naturalmente acabe concorrendo com a outra, mas o que acontece é justamente o contrário: Elas se complementam. Isso acontece justamente por causa das diferenças entre um programa comum de rádio e um podcast previamente gravado e editado. Enquanto um programa de rádio se destaca pela instantaneidade e a possibilidade de uma programação ao vivo, um podcast traz muito mais preparação antes de seu lançamento, então vale a pena apostar nesta característica.
A boa notícia é que a ferramenta podcasts funciona há algum tempo para o site administrável dos clientes BRLOGIC. Identifique como os pontos fortes (aprofundamento nos temas, edição do áudio e possibilidade de gravar com antecedência) podem ser aplicados na sua rádio. Se interessa em explorar ao máximo este recurso? Nós temos algumas ideias:
- Se você entrevistou alguém e o papo foi longe, pode passar uma parte da entrevista na programação e disponibilizá-la na integra em forma de podcast
- Se a rádio é educativa, um podcast é a maneira ideal de aprofundar um tema complexo
- Não importa o tema, o podcast é o melhor lugar para um debate estilo mesa redonda mais profundo e sem interrupções
Como já foi dito em outros posts aqui no blog: não se prenda, aproveite a liberdade que o meio traz, mas não use isso como desculpa para qualquer coisa. As possibilidade são muitas, mas é sempre importante ressaltar que o podcast perde a instantaneidade do ao vivo, então use-o com parcimônia. Prontos para explorar esta ferramenta?
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